Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu
destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas.
2 comentários:
Bello y reflexivo poema . Te mando un beso
Por todo o vazio que nos cerca, sabemos que a nossa independência tem algemas. Não somos livres porque a própria vida não nos consente que o sejamos completamente. É sempre uma inspiração ler o nosso poeta.
Cuida-te bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
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