terça-feira, outubro 12, 2021

Dia da criança

 


Gosto dos rios. E gosto mais quando eles estão nas margens dos meninos, dos pássaros, das árvores, das pedras, das lesmas, dos ventos, do sol, dos sapos, das latas e de todas as coisas sem tarefas urgentes. Os rios são uma das fontes da minha poesia porque as garças pousam neles com os olhos cheios de sol e de neblina. Porque as rãs paridas nas suas margens gorjeiam como os pássaros. Porque as libélulas, também chamadas de lava-bundas, farreiam na flor de suas águas. E porque o menino, em cujas margens o rio corre, guarda no olho as coisas que viu passar.
Imagem: Meu filho e seu amigo.

2 comentários:

J.P. Alexander disse...

Bello rio parecen divertirse. Te mando un beso

Graça Pires disse...

Também gostava de pensar que sou um menino em cujas margens um rio corre. Magnífico poeta!
Cuida-te bem, minha Amiga.
Um beijo.