Gosto dos rios. E gosto mais quando eles estão nas margens dos meninos, dos pássaros, das árvores, das pedras, das lesmas, dos ventos, do sol, dos sapos, das latas e de todas as coisas sem tarefas urgentes. Os rios são uma das fontes da minha poesia porque as garças pousam neles com os olhos cheios de sol e de neblina. Porque as rãs paridas nas suas margens gorjeiam como os pássaros. Porque as libélulas, também chamadas de lava-bundas, farreiam na flor de suas águas. E porque o menino, em cujas margens o rio corre, guarda no olho as coisas que viu passar.
Imagem: Meu filho e seu amigo.
2 comentários:
Bello rio parecen divertirse. Te mando un beso
Também gostava de pensar que sou um menino em cujas margens um rio corre. Magnífico poeta!
Cuida-te bem, minha Amiga.
Um beijo.
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