Coração preto gravado no muro amarelo.
A chuva fina pingando… pingando das árvores…
Um regador de bruços no canteiro.
Barquinhos de papel na água suja das sarjetas…
Baú de folha de flandres da avó no quarto de dormir.
Réstias de luz no capote preto do pai.
Maçã verde no prato.
Um peixe de azebre morrendo… morrendo, em
dezembro.
E a tarde exibindo os seus
Girassóis aos bois.
Em Poesias (1956).
Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiabá (MT) no dia 19 de dezembro de 1916 e faleceu em 13 de novembro de 2014. Foi advogado, fazendeiro e poeta. O nome do blog é em homenagem ao primeiro livro publicado pelo poeta, em 1937.
terça-feira, abril 18, 2023
Dia nacional do livro infantil - Infância
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Um comentário:
Excelente poema de Manoel de Barros, como é habitual em tudo o que escreveu.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
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