Sombra Boa não tinha e-mail.
Escreveu um bilhete:
Maria me espera debaixo do ingazeiro
quando a lua tiver arta.
Amarrou o bilhete no pescoço do cachorro
e atiçou:
Vai, Ramela, passa!
Ramela alcançou a cozinha num átimo.
Maria leu e sorriu.
Quando a lua ficou arta Maria estava.
E o amor se fez
Sob um luar sem defeito de abril.
- em Poemas Rupestres.
*A canção integra o CD Crianceiras, composto só de poemas de Manoel de Barros transformados em música.
O trabalho é de autoria do cantor, compositor e instrumentista Márcio De Camillo. "Sombra Boa" é interpretado por ele e a filha.